Oh, pá! Que línguas tu falas?



             Falas brasileiro? Que giro! Tu és muito fixe. Se calhar, vai ficar tramada se não perceber o que estou a escrever e não conseguirá se comunicacar por cá. Sim, os portugueses falam bem diferente dos brasileiros; sim, na maioria das vezes não conseguimos entendê-los. 
           Esqueça isso de mesma língua. É confuso entender o que falam e nós ficamos perdidos sempre. Chega a ser engraçado, mas algumas palavras que usamos em nosso dia a dia jamais, em hipótese nenhuma podem ser usadas aqui como durex (aqui é preservativo) e gozação. Ah, o engajado também não dá.
            Por outro lado, achamos deveras engraçado quando eles falam rabo com a maior naturalidade. Principalmente, mulheres que precisam se depilar. Ui...eu ainda não me acostumei com essa palavra. Afeta-me profundamente. 
               Aqui corre-se na passadeira, pede-se um gelado, criança é miúdo ou puto (sim...isso mesmo. Sem ofensas). E se estiver passando em frente a uma loja ou tiver que escolher algo em um restaurante, não fale vitrine, mas sim montra. Queres uma bala, peça um rebuçado. 
           Queres pedir algo, tens que pedir para 'levantar algo'. Suco é sumo  (confesso que fiquei parada uns segundos tentando entender o que seria...). Ah, se vais a uma loja, compre uma camisola (não é para dormir, mas sim para vestir e sair como uma camisa). 
               Em Portugal, não sacamos dinheiro, mas levantamos junto aos caixas automáticos. Vais a um mercado, não esqueça as sacas. Senão, pagarás, 0.10 centimos. Aluguel é renda, como financiamento.  E se gostou muito de algo, você gostou imenso. Ou se precisa esperar por algo que seja um bocadinho. Mas se és atrapalhada e distraída, és mesmo uma desapassarada e parvalhona.  E sempre que for se desculpar ou pedir alguma coisa, é bom usar " desculpa lá' e 'faz favor'. 
                São algumas diferenças que transformam a nosssa comunicação por vezes engraçada, por outras estressante. Se serve de consolo, eles entendem muito bem o que nós falamos e ouvem nossas músicas.    Nós é temos imensa dificuldade para entender, ou perceber, o que eles dizem. No fim, com um bocadinho de paciência de ambos, chega-se a um consenso. 
                 É tudo. Desculpa lá otempo que estive afastada, mas os dias têm sido de muita dedicação aos estudos e ao trabalho. Prometo voltar até o Natal. 
                 Até breve, ó pá!
                
       

             

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